Morte, narcisismo e invisibilidade nos quadros limítrofes: um estudo clínico

Autores

  • Josiane C. Bocchi Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências de Bauru
  • Érico Bruno Viana Campos Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências de Bauru

Resumo

O conceito de pulsão de morte é um dos mais polêmicos e complexos da metapsicologia freudiana, com variados desdobramentos nas tradições psicanalíticas. Embora de formas distintas, tanto a tradição inglesa quanto a francesa insistem em uma perspectiva mais traumática e positiva dos efeitos disruptivos da pulsão de morte. No entanto, a clínica contemporânea aponta para configurações subjetivas em que o vínculo com os objetos e a realidade caracterizam-se mais pelo trabalho do negativo, em que o desinvestimento objetal e narcísico são a tônica. Ilustra-se essa posição com o relato de um caso clínico de quadro limítrofe marcado pela escopofilia mortífera, depressividade e automutilação, em que se destacam a implicação do corpo e a oscilação entre o eu e o ideal do eu. Conclui-se que a noção de um narcisismo negativo constitui um operador importante para a compreensão dos desdobramentos da pulsão de morte na dinâmica da subjetividade contemporânea.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Bocchi, J. C., & Campos, Érico B. V. (2018). Morte, narcisismo e invisibilidade nos quadros limítrofes: um estudo clínico. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 20(1). Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/315

Edição

Seção

Dossiê