Externalismo ativo e convergência tecnológica NBIC: o advento da hipercognição

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/2175-2834-v22n1-433

Palavras-chave:

externalismo ativo; convergência tecnológica; hipercognição.

Resumo

Este artigo tem por objetivo sustentar a hipercognição, resultado da interação da cognição humana com os artefatos interativos provenientes da Convergência Tecnológica NBIC (nano-bio-info-cogno), como perspectiva factível perante as teses pós-humanistas que esboçam uma transformação ontológica do ser humano a partir da fusão com máquinas. A factibilidade da hipercognição está alicerçada na concepção de cognição sustentada pelo externalismo ativo, em especial o de Andy Clark, para o qual o ambiente possui características relevantes o suficiente para desempenhar um papel protagonista no processo de cognição, uma vez que os humanos já seriam, por natureza, peritos na tarefa de incorporar material não biológico em suas rotinas físicas e cognitivas. A simbiose entre humanos (genuínos ciborgues tecnológicos) e máquinas seria algo que decorreria naturalmente, sobretudo na acepção de que os processos cognitivos seriam dependentes de ajuda externas. No contexto da Convergência Tecnológica NBIC, essa simbiose é o que possibilita a hipercognição.

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Publicado

2020-07-03 — Atualizado em 2025-06-17