Os caminhos do ódio na civilização, propostos por Freud, e como eles se apresentam no Brasil atual
DOI:
https://doi.org/10.59539/2175-2834-v22n2-452Palavras-chave:
superego; psicologia das massas; submissão; racismo; psicanálise.Resumo
O artigo busca analisar o aspecto mais cruel do fenômeno Bolsonaro, legitimado pela população: a indiferença ao genocídio impetrado à população mais pobre do país, por meio ao descaso do governo em tomar medidas que pudessem atenuar a pandemia. Por meio da análise da desilusão que essa indiferença revelou, tenta-se mostrar as três figuras do ressentimento manifestas no apoio e nas ações do governante: a de um severo supereu moralista; a da psicologia das massas, isto é, do ódio ao diferente, acirrado pelo racismo; e, por fim, da submissão incondicional e auto-sacrifício. Três figuras constituintes da psicologia dos filhos da horda primitiva, descritas por Freud em Visão geral das neuroses de transferência. A questão principal abordada no artigo, no entanto, é a relação da indiferença ao genocídio e o racismo brasileiro, compreendido em sua dimensão estrutural, histórica e atual.Downloads
Publicado
2020-12-31 — Atualizado em 2025-05-27
Como Citar
Corrêa, F. S. (2025). Os caminhos do ódio na civilização, propostos por Freud, e como eles se apresentam no Brasil atual. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 22(2), 14–43. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v22n2-452