O fascínio Batailliano pela morte

Uma alternativa à governamentalidade biopolítica

Autores

  • MARCOS NALLI Universidade Estadual de Londrina
  • Manuela Slonski Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-480

Resumo

É sabido que um dos elementos capitais à governamentalidade biopolítica é de ter como seu objeto-mor a vida, donde decorre a obviedade do neologismo “biopolítica”. Mas é sabido também que para fazer jus a tal objeto, isto é, a vida, ela deve ser objeto de consideração num sistema político e governamental de defesa e segurança. Ora, pelo menos à luz da argumentação espositiana, a busca pela proteção e defesa da vida e do sujeito, dado o núcleo niilista da comunidade, se introduziu um modo de governar marcado pelo que o filósofo italiano chamou de paradigma imunitário, que consiste numa proteção da vida a partir de sua ameaça controlada que acaba por agravar ainda mais o núcleo niilista. Isto posto, e aceitando a indicação mesma de Esposito de que Georges Bataille é o mais radical anti-Hobbes (já que Hobbes é a figura emblemática que parece inaugurar toda esta deriva niilista da comunidade e da política), nosso objetivo é investigar como o fascínio batailliano pela morte – que pode ser pensado como a fascinação pelo negativo – é um modo filosoficamente instigante para pensar uma superação da deriva niilista tanto da comunidade como da biopolítica em seu modo imunitário de operar e gerir as vidas.

Downloads

Publicado

2021-12-01

Como Citar

NALLI, M., & Slonski, M. (2021). O fascínio Batailliano pela morte : Uma alternativa à governamentalidade biopolítica. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 23(2), 125–140. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-480