A temporalidade de um espaço temporal transicional e sua vivência para o adolescente em grupos de orientação profissional

Autores

  • Rosemarie Elizabeth Schimidt Almeida

DOI:

https://doi.org/10.59539/1679-432X-v10n1-102

Resumo

A adolescência circunscreve-se em um espaço temporal biopsicossocial, em um estado mental específico. Pode ser a vivência de um quantum de saúde, que pode evoluir para um grau de transtorno. Fazem-se necessárias ações de suporte e acolhimento para esse momento, pois, além das mudanças do corpo e das relações estabelecidas com o mundo, há ainda a questão da escolha profissional. São conhecidas as dificuldades pertinentes à fase da adolescência e à escolha profissional, ainda mais por essa ser uma tarefa que remete ao futuro. As intervenções ajudam o adolescente, que é dotado de temporalidades peculiares e muitas vezes confusas, a se situar diante da passagem do tempo, algo que pode causar muitos conflitos. O adolescente busca no grupo algo análogo ao holding materno por meio do holding criado pelo setting grupal. O grupo torna-se então um espaço temporal transicional por meio do tempo potencial, visto que, para Winnicott (1971a/1975), o tempo é pensado como um processo de amadurecimento frente ao devir.

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Publicado

2015-12-30

Edição

Seção

Artigos