“Onde estão nossos filhos?”: os Direitos Humanos e o desaparecimento forçado em Améfrica Ladina
DOI:
https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-782Resumo
O ensaio tematiza a Chacina de Acari, ocorrida em 26 de julho de 1990, para discutir os limites e tensões das chancelas estatais de violações de direitos humanos contra as populações negro-periféricas brasileiras. Trata-se de debater como o desaparecimento forçado constitui grave violação aos direitos humanos e de que modo, em sociedades atravessadas pelo lastro colonial, como a brasileira, as estratégias de tortura e assassínio pelos agentes do Estado são naturalizadas (e atualizadas) em práticas sistemáticas e cotidianas de “fazer desaparecer” pessoas negras. O racismo é, desse modo, o que possibilita a justificativa da morte sumária e a permanência do vilipêndio que vitimiza aqueles/as que são tornados/as inimigos/as públicos do Estado. Por fim, o ensaio aponta como, em Améfrica Ladina, conceito tomado de empréstimo à Filósofa Lélia Gonzalez, a crítica à violência não se dissocia à crítica à concepção universalista e abstrata dos direitos humanos, em direção a um direito radicalmente comprometido com a vida, encarnado nas lutas das mães e familiares das vítimas.Downloads
Publicado
2024-10-22
Como Citar
dos Santos Reis, D., & Stanchi, M. (2024). “Onde estão nossos filhos?”: os Direitos Humanos e o desaparecimento forçado em Améfrica Ladina. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 26(1), 38–51. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-782
Edição
Seção
Dossiê