Do ato de ver ao olhar que se mostra: observações psicanalíticas e filosóficas da obra de arte

Autores/as

  • Amauri Carboni Bitencourt Doutor em filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Resumen

Neste estudo pretendemos explorar a esquize do olho e do olhar na pintura a partir daleitura lacaniana de O visível e o invisível, de Merleau-Ponty. Se, de um lado, o ato de ver apreendeos objetos do mundo cultural e os ultrapassa, de outro, há o olhar como aquilo que se mostra aoobservador, desorganizando seu campo perceptivo. Esse olhar de fora, que nos percebe e nosarrebata, é concebido por Lacan como o registro do Real e descrito por Merleau-Ponty como o“olhar estrangeiro”. Qual outrem, esse “olhar estrangeiro” vem surpreender o pintor (e oespectador), brotando do fundo do horizonte invisível, inesgotável, e inscreve-se continuamente,produzindo desejos e incitando o artista a elaborar novas criações. Nesse sentido, este trabalhotem por objetivo investigar a leitura que Lacan fez de Merleau-Ponty no Seminário XI acerca doolhar como estranhamento a partir de O visível e o invisível, bem como suas implicações na“visibilidade anônima” que habita a obra de arte.

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Publicado

2015-12-07

Cómo citar

Bitencourt, A. C. (2015). Do ato de ver ao olhar que se mostra: observações psicanalíticas e filosóficas da obra de arte. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 17(2). Recuperado a partir de http://revistas.dwwe.com.br:80/index.php/NH/article/view/215

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