Uma vida filosófica: a PARRESIA socrática contra as coações do poder

Autores/as

  • Tiaraju Dal Pozzo Pez Seed - Secretária de Educação do Paraná
  • Renan Pavini

DOI:

https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-814

Resumen

Foucault demarca os limites da sociedade moderna a partir do conhecido deslocamento do estado soberano para o biopoder, através da relação poder, vida e morte. Sua tese é de que, antes do século XVIII, o soberano era simbolizado pelo gládio, que significava que ele exercia, sobre seus súditos, “o poder de causar a morte ou deixar viver”. A partir da época clássica, por uma transformação profunda nos mecanismos de poder, o direito sobre a morte desloca-se ao apoiar-se nas exigências de um poder que “gere a vida”. Nesta nova configuração, encontramos dois eixos do biopoder: as disciplinas (governo dos corpos dos indivíduos) e a biopolítica (governo da população). Até então, no pensamento de Foucault é marcado por uma constante coação dos mecanismos de poder-saber sobre o sujeito. Entretanto, no último momento do pensamento de Foucault, nomeado de uma “Ética” ou “Estética da existência”, o filósofo se volta aos gregos para encontrar um pensamento crítico em que os indivíduos não são meros efeitos de um poder que coage e assujeita, e sim de uma vida como obra de arte, uma vida filosófica, como pensaremos a partir de Sócrates.

Publicado

2024-10-22

Cómo citar

Dal Pozzo Pez, T., & Pavini, R. (2024). Uma vida filosófica: a PARRESIA socrática contra as coações do poder . Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 26(1), 79–100. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-814