Significante versus inconsciente, contra-dicções: Ou, antes do signo, a o-posição; no início, a imagem
DOI:
https://doi.org/10.17648/2175-2834-v22n1-303Resumo
Este trabalho discute a proposição lacaniana segundo a qual “o inconsciente é estruturado como uma linguagem” e sua fundamentação a partir da Antropologia de Lévi-Strauss. Em vista disso, discute o estatuto do significante (no quadro teórico do signo linguístico) como ser concreto e como representação vazia ou indeterminada, destituída de conteúdo ou significado e o da imagem fundante do mesmo, a qual se impõe como seu pressuposto essencial. Enfim, considera os limites e as contradições do significante para a tematização e a compreensão do inconsciente.Referências
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