Distância originária e tempo em Heidegger

Autores

  • Claudia Drucker (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.59539/2175-2834-v24n1-635

Resumo

Discutem-se a origem e as determinações mais importantes do tempo. Heidegger não nega que o tempo permita a transição entre ser e não-ser, nem que evidencie o movimento, nem que seja um todo pré-partes, nem que seja um modo pré-conceitual de organização da experiência. Em primeiro lugar, porém, o tempo é uma distensão que exige um ponto extremo de referência. Ao tempo pertence originariamente uma distância ou distensão, que só faz sentido para o ser-aí. Na segunda parte do artigo, recuperam-se sentenças heideggerianas sobre o texto paulino e sobre a poesia de Hölderlin. Tanto fé quanto poesia, cada uma a seu modo, apontam uma distância na gênese da temporalidade, constituída a partir de um ponto de referência ou acontecimento extremo, seja a parusia messiânica, seja a fuga dos deuses antigos e a chegada dos próximos deuses.

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Publicado

2022-12-31

Como Citar

Drucker, C. (2022). Distância originária e tempo em Heidegger. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 24(1), 82–94. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v24n1-635

Edição

Seção

Colóquio 25 anos Martin Heidegger