Fé perceptiva e experiência de realidade

Autores

  • Decio Gurfinkel Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.59539/2175-2834-v3n1-753

Palavras-chave:

fé; percepção; realidade; alucinação; concepção; ilusão.

Resumo

O trabalho aborda alguns pontos de contato possíveis entre a contribuição de Winnicott e o pensamento de Merleau-Ponty, tendo como meta discutir o enigma da fé perceptiva e o problema da experiência com a "realidade" do mundo. Partindo da pergunta do filósofo: "o que nos permite afirmar que o mundo é aquilo que vemos?", o autor aponta como Winnicott, do lado da psicanálise - e a partir da clínica com pacientes borderline -, também denuncia que a relação com a realidade não pode ser tomada como natural. Após um cuidadoso exame dos termos fé, "crença em...", percepção, concepção e alucinação, a reflexão dirige-se ao conceito-chave do pensamento winnicottiano - a ilusão. O autor propõe, então, uma abordagem em paralelo do modelo freudiano da primitiva realização alucinatória do desejo com a teórica "primeira mamada" de Winnicott, e conclui com a hipótese da ilusão como o alimento do self.

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Publicado

2024-05-17 — Atualizado em 2001-05-17

Como Citar

Gurfinkel, D. (2001). Fé perceptiva e experiência de realidade. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 3(1), 141–173. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v3n1-753

Edição

Seção

Artigos