Esferas I: bolhas, de Peter Sloterdijk
DOI:
https://doi.org/10.59539/2175-2834-v19n1-249Palavras-chave:
Sloterdijk; esferas; bolhas.Resumo
O primeiro volume da trilogia Esferas, intitulado Esferas I: bolhas, dedica-se à teoria das esferas em seu sentido elementar, a saber, a microesferologia. Concebido a partir do eterno drama de separação diante da condição primordial de coexistência humana, o ser humano é visto como o resultado de uma partilha original, e sua condição existencial de ser em um mundo será sempre a de imersão em um contexto relacional novo, sempre uma supressão da ausência, sempre um “ser-em-esferas”. A essas células que constituem o modelo de toda relação de algo com algo em algo, Sloterdijk batiza de bolha, para denotar que o que se pensa por “espírito” ou “alma” é apenas o “ar” da vida insuflado em um espaço partilhado. A relação de intimidade própria da microesfera é uma relação de inter-resonância, interpenetração, intersimbiose: os sujeitos que habitam a bolha só são sujeitos na medida em que se insuflam mutuamente de uma cossubjetividade. É nessa mútua inspiração que o espaço surreal microesférico se constitui.Downloads
Publicado
2017-07-31 — Atualizado em 2017-07-01
Edição
Seção
Resenhas