A distinção entre matéria e forma dos fenômenos e a questão do inatismo na Crítica da Razão Pura

Autores

  • Marco Antonio Chabbouh Junior USP/PUC-Campinas

Resumo

Resumo: O presente artigo tem o objetivo de discutir dois assuntos intrinsecamente conectados: (i) a estrutura do argumento da “Estética Transcendental” da Crítica da Razão Pura e (ii) o estatuto epistemológico e metafísico das representações do espaço e do tempo em Kant. Quer-se defender que o argumento kantiano não pressupõe uma distinção predeterminada entre matéria e forma dos fenômenos, mas que o conjunto do texto do filósofo busca, justamente, argumentar em favor dessa diferenciação. Para tanto, inicialmente, discutir-se-á a interpretação que Norman Kemp Smith faz da “Estética Transcendental” e levantar-se-ão três importantes problemas apresentados pelo comentador. Logo após, abordar-se-á a interpretação de H. J. Paton e sua proposta de solução para os problemas levantados por Kemp Smith. Por fim, concluir-se-á que a “Estética Transcendental” não pode visar argumentar em favor de que espaço e tempo são representações inatas porque isso inviabilizaria o argumento e iria contra certas afirmações explícitas de Kant. Palavras-chave: Immanuel Kant; a priori; ideias inatas; espaço e tempo; formas dos fenômenos.

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Publicado

2023-12-22

Como Citar

Chabbouh Junior, M. A. (2023). A distinção entre matéria e forma dos fenômenos e a questão do inatismo na Crítica da Razão Pura. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 25(1), 65–75. Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/640