Heidegger e a possibilidade de uma antropologia existencial

Autores

  • André Duarte

Resumo

A presente investigação pretende discutir alguns aspectos da reflexão heideggeriana sobre a ciência, abordando tanto as suas análises pertencentes ao período do projeto da ontologia fundamental, apresentadas em Ser e tempo, quanto alguns aspectos das suas reflexões tardias, em que o filósofo pensou a possibilidade de uma antropologia filosoficamente fundada, nos Seminários de Zollikon. A hipótese que orienta esta investigação é a de que, a despeito das importantes transformações pelas quais passou o pensamento de Heidegger após a Kehre, o traço que confere continuidade à sua reflexão sobre a ciência é a persistência de uma análise desconstrutiva dos seus pressupostos ontológicos, por meio da qual o primado moderno concedido às ciências é subvertido pela contínua submissão da ciência à reflexão filosófica, isto é, ontológica. Dessa postura coerente e persistente, resultam tanto a crítica aos perigos de uma atitude objetivadora e coisificadora do humano por parte das ciências, quanto o vislumbre da possibilidade de uma ciência ôntica do humano existencialmente fundada. Palavras-chave: Heidegger, Ontologia fundamental, Ciência, Antropologia existencial.

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Publicado

2024-05-17

Como Citar

Duarte, A. (2024). Heidegger e a possibilidade de uma antropologia existencial. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 6(1), 29–51. Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/784

Edição

Seção

Artigos