Heidegger, história e alteridade: sobre a essência da verdade como ponto de partida

Autores

  • Edgar Lyra

Resumo

Reiteradamente, ao longo de sua obra, Heidegger referiu-se ao opúsculo Sobre a essência da verdade, cuja primeira elaboração data de 1930. Chega a dizer, em entrevista ao L’Express (1969), ser esse trabalho a “dobradiça” entre Heidegger I e Heidegger II, inseparáveis um do outro. A questão da história é nele abordada na sua relação com a verdade do ser, mais exatamente, com a idéia de que a continuidade dos eventos que concerne a essa verdade está ontologicamente ligada a uma recusa original do ser a uma inteligibilidade plena ou definitiva. Dessa recusa original decorre a liberdade e, simultaneamente, a possibilidade do erro, a errância; decorre, igualmente, a possibilidade de completo desnorteamento. Tomando essas teses como ponto de partida, é possível afastar da concepção heideggeriana de história quaisquer traços de processualismo ou teleologia, e, sobretudo, reconciliá-la com uma idéia simultaneamente geral e “concreta” de alteridade. É o que aqui se pretende. Palavras-chave: Heidegger; História; Verdade; Liberdade; Errância; Alteridade.

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Publicado

2024-10-02

Como Citar

Lyra, E. (2024). Heidegger, história e alteridade: sobre a essência da verdade como ponto de partida. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 8(2), 337–356. Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/901

Edição

Seção

Artigos