Temos a arte para não morrer perante a verdade (ou simplesmente Luiza)
DOI:
https://doi.org/10.59539/1679-432X-v10n1-112Palavras-chave:
Winnicott; brincar; esperança; música; adoção.Resumo
A partir das ideias de Winnicott de que “a psicoterapia deverá efetuar-se na sobreposição de duas áreas do brincar, a do paciente e a do terapeuta” e de que, “caso o paciente não seja capaz de brincar, o terapeuta deverá ajudá-lo a tornar-se capaz”, pois “é por meio da apercepção criativa que o indivíduo sente a vida como digna de ser vivida”, discorro sobre o caso de Luiza, mostrando sua tristeza e apatia diante do mundo ao ser retirada do ambiente materno pelo Conselho Tutelar e levada para uma Casa Lar, a partir da qual foi posteriormente disponibilizada para adoção. Este trabalho apresenta a trajetória da análise iniciada com o alheamento, a desesperança e os desencontros até a posterior descoberta da música, que deu à Luiza a oportunidade de experimentar o viver criativo e, assim, resgatar o sentimento de confiança e, principalmente, o desejo de prosseguir a vida.Referências
Nietzsche, F. (2008). A vontade de poder. (M. S. Fernandes e F. J. Moraes, Trad.). Rio de Janeiro: Contraponto.
Winnicott, D. W. (1975). O brincar – uma exposição teórica. In D. Winnicott (1975/1971a), O brincar e a realidade (J. O. de A. Abreu & V. Nobre, Trad., pp. 65-87). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1968i[1967]).
Winnicott, D. W. (1975). O brincar – a atividade criativa e a busca do eu (self). In D. Winnicott (1975/1971a), O brincar e a realidade (J. O. de A. Abreu & V. Nobre, Trad., pp. 88-107). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1971r).
Winnicott, D. W. (1975). A criatividade e suas origens. In D. Winnicott (1975/1971a), O brincar e a realidade (J. O. de A. Abreu & V. Nobre, Trad., pp. 108-138). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1971g).
Winnicott, D. W. (1975). O uso de um objeto e relacionamento através de identificações. In D. Winnicott (1975/1971a), O brincar e a realidade (J. O. de A. Abreu & V. Nobre, Trad., pp. 139-151). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1969i[1968])