Tomando como base a psicanálise winnicottiana, esse artigo tem por objetivo: a) analisar a contribuição do pai para o processo de amadurecimento pessoal em seus diversos estágios, b) explicitar as possíveis falhas paternas e a maneira como elas se relacionam com a etiologia dos distúrbios emocionais, c) ilustrar essas falhas e suas consequências, desde os estágios iniciais até o estágio das relações triangulares. No início da vida, ainda que o bebê não tenha suficiente maturidade para estabelecer uma relação com o pai como pai, a presença paterna é fundamental para ajudar a mãe a ser “suficientemente boa” ou prejudicá-la nessa tarefa. No estágio do concernimento, a criança pode ser ajudada ou não pelo pai na aquisição da capacidade para tolerar o conflito entre o amor e o ódio. Por fim, no estágio das relações triangulares uma vez que a criança sadia já adquiriu maturidade suficiente para estabelecer, como pessoa inteira, relações diretas com o pai (sendo este também uma pessoa inteira), as contribuições ou as falhas paternas influenciam diretamente a resolução dos conflitos da criança relativos à administração dos seus impulsos instintuais do tipo genital em suas relações interpessoais. As falhas paternas foram avaliadas do ponto de vista teórico, seguindo os critérios maturacionais propostos por Winnicott para a compreensão da etiologia dos transtornos emocionais.
Comunicamos que a Winnicott e-prints está em processo de reformulação e, por enquanto, não receberá novas submissões até a conclusão das modificações em seu projeto editorial. Neste interim, novas submissões com a temática relacionadas às pesquisas em Winnicott devem ser encaminhadas diretamente à NATUREZA HUMANA Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise.
Cordialmente,
Os editores