Psicanálise e Evidências: perspectivas crítica e histórica
DOI:
https://doi.org/10.59539/2175-2834-v27nespecial2-1139Palavras-chave:
psicanálise; saúde mental; prática baseada em evidências.Resumo
Neste artigo, discutimos a respeito das práticas baseadas em evidências no campo da saúde mental resgatando suas origens, agentes financiadores e políticas de implementação, bem como os efeitos deletérios que esta política produziu no campo da saúde mental. Embora a psicanálise e as psicoterapias dela baseadas tenham evidências como apontam muitas pesquisas clínicas, estas geralmente não são divulgadas e, quando aparecem nas mídias ou revistas de alto impacto, as críticas tendem a apontar falhas que, na maioria das vezes, não são diferentes das falhas encontradas em pesquisas com relação a práticas com evidências de eficácia, efetividade e eficiência já aceitas. Encontramos em nossa pesquisa que, dentro do campo da prática baseada em evidências, mais especificamente em saúde mental, há fortes indícios de uma política que tenta implementar a todo custo, por vezes de forma antiética, uma visão extremamente pobre tanto epistemologicamente quanto com relação à prática, priorizando determinados tratamentos que, como foi possível verificar, não são superiores a outras práticas ou, em alguns casos, nem mesmo ao efeito placebo. Por último, discutimos sobre o método da psicanálise e as razões pelas quais ela pode funcionar quando outros tratamentos costumam fracassar uma vez que desconsideram a possibilidade do inconsciente, tal qual descoberto e sustentado pela teoria e clínica psicanalíticas.Downloads
Publicado
2025-10-24 — Atualizado em 2025-10-24
Como Citar
Couto, R. H. O., & Leite, M. C. (2025). Psicanálise e Evidências: perspectivas crítica e histórica. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 27(especial2), 71–96. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v27nespecial2-1139
Edição
Seção
Artigos







