Retórica anticética nos Diálogos sobre a religião natural de Hume/Anti-Sceptical Rhetoric in Hume's Dialogues concerning natural Religion

Autores

  • Lívia Guimarães

Resumo

Neste ensaio, parto da pergunta acerca da motivação original dos Diálogos sobre a religião natural de Hume: de onde a propensão para o argumento pelo desígnio obtém força suficiente para prevalecer sobre a propensão natural a se acreditar nos sentidos e na experiência? Em minha hipótese, os Diálogos, não obstante seu título, representam uma falha na compreensão mútua. Enfocando o drama da peça, pretendo mostrar que, em Cleantes, eles expõem um viés prosélito no teísmo moderno; mais especificamente, que apontam subterfúgios ad hominem que se acoplam aos argumentos teístas, com o fim de evitar os argumentos do ceticismo irreligioso de Fílon. Assim, no que concerne aos argumentos filosóficos, a força do desígnio, parece-me, deve-se a uma má retórica, indício do que denomino Hipótese Prosélita, denunciada por Fílon em, pelo menos, três momentos dos Diálogos. Acredito que esse fator, pouco observado na literatura, ajuda a explicar a perseverança da propensão ao desígnio, fenômeno que sempre intrigou Hume.

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Publicado

2013-12-01

Como Citar

Guimarães, L. (2013). Retórica anticética nos Diálogos sobre a religião natural de Hume/Anti-Sceptical Rhetoric in Hume’s Dialogues concerning natural Religion. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 15(2). Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/36

Edição

Seção

Artigos