Indicação formal e julgamento reflexivo. O discurso filosófico e seus desafios

Autores

  • Bernardo Ainbinder

Resumo

O presente artigo aborda o problema da possibilidade de uma fundamentação metacrítica da filosofia transcendental e em particular do discurso filosófico, a partir da análise de duas dimensões de tal problema: a que diz respeito ao modo em que os conceitos filosóficos adquirem significado e a que concerne ao sentido no qual os enunciados transcendentais podem valer como enunciados dotados de um conteúdo epistêmico e serem verdadeiros ou falsos. Para isso, assume a tese defendida por Crowell e Vigo, entre outros, de que a subjetividade dever ser compreendida numa chave agencial, para a seguir abordar o mencionado problema, examinando e descartando diversos modelos. O artigo propõe que os conceitos filosóficos adquirem seu significado a partir de seu uso ordinário na atitude natural e que sua peculiaridade reside na sua função mostrativa, procurando esclarecer tal distinção a partir da noção heideggeriana de indicação formal. Deste modo, pretende-se compreender os enunciados transcendentais sobre a base do modelo dos juízos reflexionantes kantianos, para concluir que o sentido da filosofia transcendental é o reconhecimento por parte do sujeito de sua autonomia em relação às normas que constituem sua experiência do mundo. Palavras-chave: Filosofia transcendental, indicação formal, juízo reflexionante, verdade transcendental.

Publicado

2024-10-02

Como Citar

Ainbinder, B. (2024). Indicação formal e julgamento reflexivo. O discurso filosófico e seus desafios. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 13(1), 25–52. Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/970

Edição

Seção

Artigos