Mães de Gêmeos: Vivências Emocionais no Puerpério Mediato

Authors

  • Mariana Fonseca Santos Universidade Estadual de Londrina
  • Maria Elisabeth Barreto Tavares dos Reis

Abstract

O aumento da incidência de nascimentos múltiplos convoca a necessidade de voltar a atenção para as diferentes implicações advindas da gemelaridade, inclusive em relação à maternidade. Mães de gêmeos apresentam mais preocupações em relação ao tornar-se mãe e enfrentam desafios ao investir espontaneamente em seus filhos, assim como em relação à formação de uma imagem psíquica dos bebês antes e após o nascimento. O puerpério mediato inicia logo após o parto, com a expulsão da placenta, e se estende por 10 dias. Este momento faz parte do puerpério mais amplo, período do ciclo gravídico puerperal de durabilidade variada conforme o organismo e estado da mãe, em que pode haver instabilidades emocionais decorrentes de alterações hormonais e psíquicas. O objetivo deste estudo consistiu em investigar as percepções emocionais de mães de gêmeos relatadas durante o puerpério mediato. Utilizando-se da pesquisa clínico-qualitativa, foram realizadas entrevistas, durante o período de até nove dias após o parto, com sete mulheres que haviam dado à luz os seus filhos gêmeos em um hospital universitário. A entrevista foi composta por questões disparadoras relativas à gestação, parto, puerpério e a relação mãe-gêmeos. Os dados coletados foram investigados a partir da análise de conteúdo, que culminou na construção de seis categorias de temas: descoberta da gestação gemelar, vivências emocionais na gestação, percepções sobre o parto, escolha dos nomes dos bebês, vivências emocionais ao cuidar dos bebês, vivências emocionais e expectativas quanto à amamentação, as quais foram analisadas do ponto de vista da psicanálise. Palavras-chave: gêmeos, psicanálise, puerpério

Published

2022-06-24

How to Cite

Fonseca Santos, M., & Barreto Tavares dos Reis, M. E. . (2022). Mães de Gêmeos: Vivências Emocionais no Puerpério Mediato. Human Nature - International Philosophy and Psychology Review, 24(1), 40–61. Retrieved from https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/522