A hermenêutica da facticidade no jovem Heidegger

Authors

  • Alexandre Rubenich Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Abstract

Na preleção de verão de 1923, intitulada Ontologia: hermenêutica da facticidade, Martin Heidegger vai estabelecer o seu programa filosófico em termos de uma investigação fundamental, nomeada por ele como hermenêutica fenomenológica da facticidade. De acordo com esta, a interpretação da vida fática não se realiza sem que se tome o ser e o falar como fenômenos privilegiados, ou seja, sem que se recupere o vínculo essencial em que nós, os existentes humanos, já nos descobrimos sendo no mundo como seres capazes de fala. Tendo em vista que é a partir do constructo ser-no-mundo que o filósofo alemão conseguirá dar um passo atrás no esquema sujeito-objeto, não é por acaso, então, que ele buscará encontrar desde muito cedo modos de dizer o ser que não mais o entifiquem, com o intuito de pensá-lo para além do registro da referência e, portanto, do objeto. É com base nesta situação que se torna premente que a sua análise tenha início a partir do horizonte do ente privilegiado, uma vez que é para este que o sentido do ser faz problema. Com efeito, a comunicação pretende acompanhar o jovem Heidegger na elaboração de tal tarefa, procurando compreender o significado de sua filosofia, que ao tratar o problema do ser da vida fática se constituiu em uma ontologia fundamental.  

Author Biography

Alexandre Rubenich, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Doutorando, bolsista Capes/Prosup

References

ADRIÁN, E. (2009). El linguaje de Heidegger: diccionario filosófico 1912-

Barcelona: Herder.

DASTUR, F. (2007). Heidegger: la question du logos. Paris: Librarie

Philosophique J. Vrin.

FIGAL, G. (2007). Oposicionalidade. Traduzido por Marco Antônio

Casanova. Petrópolis: Vozes.

GREISCH, J. (2000). L’arbre de vie et l’arbre du savoir: le chemin

phénoménologique le l’hermenéutique heideggérienne (1919-

. Paris: Cerf, 2000.

HEIDEGGER, M. (1976). Wegmarken. Frankfurt am Main: V.

Klostermann.

_____ (1977). Sein und Zeit. Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (1987). Zur Bestimmung der Philosophie. 1. Die Idee der

Philosophie und das Weltanschauungsproblem (Kriegsnotsemester

. Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (1988). Ontologie. (Hermeneutik der Faktizität) (Sommersemester

Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (1993). Phänomenologie der Anschauung und des Ausdrucks

(Sommersemester 1920). Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (1994). Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles:

Einführung in die phänomenologische Forschung (Wintersemester

-1922). Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (1995). Phänomenologie des religiösen Lebens. Frankfurt am

Main: V. Klostermann.

_____ (2004). Der Bregriff der Zeit. Frankfurt am Main: V. Klostermann.

_____ (2005). Phänomenologische Interpretationen ausgewälther

Abhandulgen des Aristoteles zur Ontologie und Logik. Frankfurt am

Main: V. Klostermann.

STEIN, E. Nas proximidades da antropologia. Ijuí: UNIJUÍ, 2003.

Published

2016-01-26

How to Cite

Rubenich, A. (2016). A hermenêutica da facticidade no jovem Heidegger. Human Nature - International Philosophy and Psychology Review, 16(2). Retrieved from https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/56

Issue

Section

Artigos