Uma História conjurada pelo tempo

Reflexões sobre a ontologia fundamental de Heidegger

Autores/as

  • André Luiz Ramalho da Silveira Universidade Federal de Santa Catarina

Resumen

Este artigo mostra o significado da inserção da temporalidade e da historicidade na analítica existencial. A historicidade é compreendida por Heidegger como o acontecer do ser-aí e é como se explica de modo mais adequado a temporalização da temporalidade. No entanto, a temporalidade originária é elaborada por Heidegger a partir da decisão antecipatória, pois o futuro originário é desvelado somente a partir da possibilidade da morte. Heidegger mostra também que o horizonte ao qual a projeção se realiza é estruturada pela temporalidade finita. Além disso, o acontecer próprio do ser-aí ocorre a partir da decisão antecipatória e do conceito de destino. Sendo assim, enquanto o cuidado unifica os aspectos ontológicos do ser-aí, é preciso ver esses aspectos como possibilitados pelo tempo. A primazia do futuro na temporalidade originária é pensada por Heidegger a partir da possibilidade existencial. Na medida em que a temporalidade originária temporaliza-se a partir do futuro e, esse é entendido nos termos de possibilidade existencial, a temporalidade originária será concebida por Heidegger como finita.

Biografía del autor/a

André Luiz Ramalho da Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Publicado

2022-06-08

Cómo citar

Ramalho da Silveira, A. L. (2022). Uma História conjurada pelo tempo: Reflexões sobre a ontologia fundamental de Heidegger. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 24(1), 52–81. Recuperado a partir de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/454

Número

Sección

Colóquio 25 anos Martin Heidegger