O Homem dos Ratos entre Descartes e o Antigo Testamento

Sobre as relações entre homem, razão e verdade em Freud

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-569

Resumen

Numa das obsessões do Homem dos Ratos, ao tentar rezar e proferir bênçãos, o famoso paciente tinha de lidar com a intromissão de um “não”, que as convertia em seu oposto, isto é, em maldições. Ao descrever tal fenômeno, Freud diz que um böser Geist (“espírito maligno”) se intrometia nas ações do paciente, e que ele era um “Balaão invertido”. Neste artigo, procuramos investigar esses dois detalhes do texto freudiano. Primeiro, partimos ao Antigo Testamento, para compreender melhor a menção a Balaão, personagem de certa relevância na tradição judaica. Num segundo momento, fomos às Meditações Metafísicas, de Descartes; com efeito, o genius malignus (“gênio maligno”) aventado pelo filósofo foi traduzido, para o alemão, como böser Geist. Com isso, pudemos voltar ao texto freudiano e reavaliar o caso clínico do Homem dos Ratos, buscando averiguar que relações há em Freud entre o homem, a razão e a verdade.

Publicado

2024-03-15

Cómo citar

Fernandez de Souza, P. (2024). O Homem dos Ratos entre Descartes e o Antigo Testamento: Sobre as relações entre homem, razão e verdade em Freud. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 26(1), 1–25. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v26n1-569