Da governamentalização do corpo ao higienismo psíquico: uma arqueogenealogia de saberes especializados sobre a infância na Inglaterra (C. P Blacker e John Bowlby) entre 1946-1951
DOI:
https://doi.org/10.59539/2175-2834-v27n1-651Palabras clave:
história da Psicologia; história da Psicanálise; eugenismo; infância; arqueogenealogia.Resumen
O presente artigo versa sobre a história e filosofia de saberes especializados (eugenistas e psicanalíticos) sobre a infância após a Segunda Guerra na Inglaterra. Empreendeu-se um estudo conceitual (arqueogenealógico) de duas fontes primárias: o texto sobre as “famílias problema” do psiquiatra eugenista Carlos Blacker (1946) e o relatório encomendado pela OMS para o também psiquiatra (e psicanalista) John Bowlby (1951). O objetivo foi investigar as proposições de estudiosos do campo da infância sobre a transformação e massificação dos discursos relativos à infância em direção a uma psicologização durante esse período. Para tal, realizamos uma análise dos conceitos empregados por estes dois autores ao tratar da infância, mais particularmente do que é considerado cuidado inadequado, assim como da afiliação disciplinar destes. Em Blacker, a infância problema é conceitualmente definida como emergindo em contexto de falta moral, má hereditariedade e negligência de cuidados físicos. Em Bowlby, notamos aspectos qualitativos do cuidado como sensitividade e amor materno e os fatores de ordem econômica, social e hereditária são quase completamente obnubilados quando comparado à importância do desenvolvimento psíquico.Descargas
Publicado
2025-05-07
Cómo citar
Neder, K. (2025). Da governamentalização do corpo ao higienismo psíquico: uma arqueogenealogia de saberes especializados sobre a infância na Inglaterra (C. P Blacker e John Bowlby) entre 1946-1951 . Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 27(1), 1–30. https://doi.org/10.59539/2175-2834-v27n1-651
Número
Sección
Artigos