É dizível o inconsciente?

Autores/as

Resumen

O artigo começa dando uma visão panorâmica do processo pelo qual se passou, na modernidade, da libertação da palavra à industrialização da palavra, esboçando algumas reações a esse desenvolvimento, em particular a de Heidegger. Prossegue pelo exame detalhado da regra de verbalização do inconsciente, sobre a qual repousa a clínica freudiana, mostrando os limites teóricos e clínicos desse tipo de comunicação entre o analista e o analisando. Passa, em seguida, ao estudo da comunicação não-verbal, característica da clínica winnicottiana dos psicóticos, para concluir: 1) que certos modos do inconsciente são comunicáveis, mas não verbalizáveis, 2) que a crise da comunicação verbal, detectada por Winnicott na psicanálise, apresenta paralelos notáveis com a crítica de Heidegger da palavra gramaticalmente - isto é, ciberneticamente - correta, como o único meio de falar sobre os seres humanos e seus assuntos. Palavras-chave : Linguagem; Verbalização; Inconsciente não-verbalizável; Comunicação silenciosa.

Publicado

2024-05-17

Cómo citar

Loparic, Z. (2024). É dizível o inconsciente?. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 1(2), 323–385. Recuperado a partir de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/660

Artículos más leídos del mismo autor/a

> >>