Condições traumáticas na relação mãe-bebê

Autores/as

  • Orestes Forlenza Neto

Resumen

Procuramos discutir Trauma, segundo Winnicott, em relação à idéia central de seu pensamento que é pautada pelo processo de amadurecimento, ao qual se agregam idéias como: ambiente facilitador, mãe suficientemente boa, invasão, angústia de aniquilação e reações que promovem defesas de isolamento e proteção ao si-mesmo verdadeiro. Tudo dentro do desenvolvimento emocional primitivo, a partir de um estado não integrado de si-mesmo em direção à integração, personalização e separação eu-não-eu. "O conceito de trauma surge como conseqüência da imaturidade do bebê e do grau de proteção que o ambiente é capaz de fornecer para que a criança não se defronte com angústias inesperadas (inomináveis e de aniquilação). Para que se produza o Trauma são necessários o caráter repetitivo de invasões e um comportamento caótico do ambiente, que impede o estabelecimento de um padrão de expectativas na criança. Por outro lado, certas invasões que cessam e permitem a retomada do "continuar a ser" da criança servem como "bons traumas", que incidem num momento em que os cuidados ambientais já foram internalizados e o ego tem força para viver essas surpresas fora de seu controle onipotente e que leva ao reconhecimento da realidade não-eu. Palavras-chave: Trauma, Eu, Não-eu, Ambiente, Invasão, Continuidade a ser.

Publicado

2024-05-17

Cómo citar

Forlenza Neto, O. (2024). Condições traumáticas na relação mãe-bebê. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 6(1), 79–86. Recuperado a partir de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/786