A psicanálise pragmática e o paradoxo da interpretação

Autores/as

  • João José Rodrigues Lima de Almeida

Resumen

A psicanálise pragmática defende uma reformulação lingüística da metapsicologia freudiana nos termos das filosofias da linguagem de Donald Davidson e de Richard Rorty. Esta recomposição filosófica das descrições de objetos e eventos mentais na psicanálise consegue, em grande parte, dessubstancializar a teoria de Freud, mas ainda permanece refém de suas próprias manobras estratégicas ao depender de concepções cujas tônicas recaem sobre aspectos mais racionais que pragmáticos das descrições: o causalismo na psicologia e a sobrevalorização da importância da interpretação nas ações intencionais. Como conseqüência, a psicanálise pragmática trava a sua própria tarefa de reformulação e dessubstancialização da teoria psicanalítica do ponto de vista pragmático que se propõe, e a metafísica parece ser reintroduzida pela porta dos fundos. Palavras-chave: Psicanálise pragmática, Marcia Cavell, Jurandir Freire Costa, Donald Davidson, Richard Rorty, Ludwig Wittgenstein.

Publicado

2024-10-02

Cómo citar

Rodrigues Lima de Almeida, J. J. (2024). A psicanálise pragmática e o paradoxo da interpretação. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 8(1), 87–132. Recuperado a partir de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/892