Aspectos do pensamento indicativo-formal: negação e justificação

Autores/as

  • Robson Ramos dos Reis

Resumen

Segundo Heidegger, os conceitos filosóficos possuem um significado indicativo-formal, e a expressão linguística destes conceitos resulta em proposições caracterizadas como indicações hermenêuticas ( hermeneutischen Indikationen). A formulação e a compreensão de tais enunciados permitem, portanto, a introdução da noção de um pensamento indicativo-formal. Neste artigo examinamos dois aspectos do pensamento indicativo-formal concernentes à sua negação e justificação. Tomando por base o exame da origem da negação apresentado por Heidegger em Was ist Metaphysik?, sustentamos a hipótese de que a negação no pensamento indicativo-formal exibe uma peculiar função mostrativa, na medida em que for enfocada como um comportamento nadificador, e não como uma operação formal. Este aspecto permite-nos introduzir o problema da justificação das indicações formais desde uma perspectiva não propriamente inferencial, mas centrada num aspecto testemunhal a ser vinculado com um componente apofático e sigético do pensamento filosófico. Palavras-clave: Heidegger, indicação formal, negação, testemunho.

Publicado

2024-10-02

Cómo citar

Ramos dos Reis, R. (2024). Aspectos do pensamento indicativo-formal: negação e justificação. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 13(1), 117–133. Recuperado a partir de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/975