Objetivismo, intelectualismo e experiência do corpo próprio

Autores

  • Reinaldo Furlan

Resumo

A experiência do corpo próprio desempenha, na filosofia de Merleau-Ponty, o papel de subversão das categorias da metafísica clássica entre sujeito e objeto. Mais especificamente, das antinomias cartesianas entre pensamento (res cogitans) e extensão (res extensa). Nesse sentido, existe-se como coisa ou como pensamento e, com isso, toda sorte de dicotomias herdadas dessa metafísica, sobretudo a grande dificuldade em articular o que é pura extensão, relações externas entre partes e processos objetivos do mundo físico, com a consciência, que é "inextensa", que parece não ocupar lugar algum, a despeito de sua articulação e dependência com os processos do mundo físico (o cérebro). O objetivo deste artigo é apresentar, da Fenomenologia da percepção, a análise de três exemplos nos quais Merleau-Ponty procura superar essas dicotomias, ultrapassando a concepção objetivista de corpo a partir da própria fisiologia. Palavras-chave : Merleau-Ponty; Fenomenologia; Corpo.

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Publicado

2024-05-17

Como Citar

Furlan, R. (2024). Objetivismo, intelectualismo e experiência do corpo próprio. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 3(2), 289–314. Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br:443/index.php/NH/article/view/712

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