O pai em Winnicott

Autores

  • Claudia Dias Rosa Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana (SBPW)

DOI:

https://doi.org/10.59539/1679-432X-v8n1-16

Palavras-chave:

Winnicott; psicanálise; pai; falhas paternas; complexo de Édipo; relações triangulares.

Resumo

Tomando como base a psicanálise winnicottiana, esse artigo tem por objetivo: a) analisar a contribuição do pai para o processo de amadurecimento pessoal em seus diversos estágios, b) explicitar as possíveis falhas paternas e a maneira como elas se relacionam com a etiologia dos distúrbios emocionais, c) ilustrar essas falhas e suas consequências, desde os estágios iniciais até o estágio das relações triangulares. No início da vida, ainda que o bebê não tenha suficiente maturidade para estabelecer uma relação com o pai como pai, a presença paterna é fundamental para ajudar a mãe a ser “suficientemente boa” ou prejudicá-la nessa tarefa. No estágio do concernimento, a criança pode ser ajudada ou não pelo pai na aquisição da capacidade para tolerar o conflito entre o amor e o ódio. Por fim, no estágio das relações triangulares uma vez que a criança sadia já adquiriu maturidade suficiente para estabelecer, como pessoa inteira, relações diretas com o pai (sendo este também uma pessoa inteira), as contribuições ou as falhas paternas influenciam diretamente a resolução dos conflitos da criança relativos à administração dos seus impulsos instintuais do tipo genital em suas relações interpessoais. As falhas paternas foram avaliadas do ponto de vista teórico, seguindo os critérios maturacionais propostos por Winnicott para a compreensão da etiologia dos transtornos emocionais.

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Publicado

2013-06-01 — Atualizado em 2013-06-01

Edição

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Artigos