O direito ao segredo do self
DOI:
https://doi.org/10.59539/1679-432X-v5n2-1199Palabras clave:
self primitivo; self modificado; senso de self; continuidade da existência; sentimento de existir; communicação implícita; não comunicação ativa; não comunicação reativa; analiste como objeto subjectivo.Resumen
Com a noção de si-mesmo (self), Winnicott afirma que, no coração do psiquismo, há um núcleo secreto que deve permanecer como “um elemento não comunicável, sagrado, cuja preservação é muito preciosa”. Isto parece estar em contradição com o “tudo dizer” da regra fundamental da psicanálise e isto explica, segundo o autor, “a raiva que as pessoas têm da psicanálise” e, em particular, a desconfiança dos adolescentes que temem que sua intimidade seja desvelada. O analista deve portanto oferecer ao paciente um lugar possível de comunicação implícita com o objeto subjetivo, lugar em que ele poderá experimentar a “capacidade de estar só”, desenvolvendo, assim, uma capacidade para o relacionamento.Citas
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