O objeto transicional pode ser uma pessoa? Teoria e clínica
DOI:
https://doi.org/10.59539/1679-432X-v9n2-59Palabras clave:
objeto transicional; fenômenos transicionais; D. W. Winnicott; fetiche; psicanálise.Resumen
O objetivo deste trabalho é responder à questão enunciada no título a partir dos textos de D. W. Winnicott. Para tanto, foram abordadas as origens do conceito de objeto transicional na obra do autor, o histórico de suas primeiras aparições, as referências diretas ao tema e a discussão de uma vinheta clínica. Winnicott raramente se referia a uma pessoa como objeto transicional de outra e, quando o fazia, situava essa experiência no campo da patologia, utilizando, para aludir a ela, termos como “objeto consolador”, “objeto-fetiche” e “objeto regressivo”. Em contrapartida, o conceito de objeto transicional está vinculado a uma experiência indicativa de saúde mental, de transição entre a fusão e a separação mãe-bebê e de uso pessoal e simbólico dos objetos do campo sensorial. Manter essa especificidade conceitual possibilita discriminar nuances da evolução do uso dos objetos materiais pela criança e orientar a anamnese, o diagnóstico e o processo terapêutico.Citas
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