O final cut de Hume contra o argumento do desígnio/Hume’s final cut against the argument of design

Autores

  • Marília Côrtes de Ferraz

Resumo

Com base na crítica que Hume faz ao argumento do desígnio, especialmente nas partes 10 e 11 dos Diálogos sobre a Religião Natural, meu objetivo neste artigo é, a partir de uma análise da relação entre a existência do mal no mundo e a suposta existência de uma divindade possuidora dos atributos tradicionais do teísmo, defender a tese segundo a qual o tratamento que Hume dá ao problema do mal corresponde, digamos assim, à cartada final – o último e decisivo recurso que Philo personagem que articula essa crítica) aciona para mostrar que o argumento do desígnio não fornece bases suficientemente sólidas e consistentes para dar suporte à crença na existência de um Deus maximamente poderoso, justo e benevolente; e que, portanto, a existência do mal no mundo tem uma força argumentativa tal que a improbabilidade da existência de Deus é maior do que com base nos argumentos apresentados nas partes 2 a 8 dos Diálogos. Isso significa que eu tomo aqui o problema do mal como o maior problema para o teísta experimental – cuja argumentação pretende provar a existência de Deus a partir da observação dos fenômenos do mundo.

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Publicado

2013-06-01

Como Citar

Ferraz, M. C. de. (2013). O final cut de Hume contra o argumento do desígnio/Hume’s final cut against the argument of design. Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 15(1). Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/25

Edição

Seção

Artigos