Fenomenologia zoocêntrica e normatividade

Resumo

o objetivo do presente artigo consiste em apresentar, em linhas gerais, as características da noção de normatividade, que resulta da fenomenologia do paramundo de animais delineada esquematicamente por Heidegger no “Conceitos Fundamentais da Metafísica”. Iniciarei com a reconstrução da fenomenologia do paramundo dos animais, que tem como foco a determinação formal de três momentos: os comportamentos, os seus correlatos ambientais e a estrutura antecipatória do âmbito de acessibilidade do organismo. Em seguida, caracterizarei a normatividade no paramundo a partir dos conceitos de desinibição de pulsões e regulagem pulsional. O artigo é concluído com a indicação de problemas para o desenvolvimento ulterior da fenomenologia do paramundo dos animais.

Referências

Boveri, T. (1906). Die Organismen als historischen Wesen. Würzburg: Universitätsdruckerei.

Christensen, C. (2004). Sichbenehmen and Sichverhalten — Why Heidegger is not an Anthropochauvinist. Recuperado em 2 abril de 2018 de http://www.cbchristensen.net/papers/2010/02/04/sichbenehmen-and-sichverhalten-why-heidegger-is-not-an-anthrochauvinist.html.

Crowell, S. (2007). Sorge or Selbstbewusstsein? Heidegger and Korsgaard on the Sources of Normativity. European Journal of Philosophy, 15, p. 1-19. Recuperado em 2 abril de 2018 de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1468-0378.2007.00267.x.

DeGrazia, D. (2009). Self-awareness in animals. In: Lurz, R. The Philosophy of Animal Minds. Cambridge: Cambridge University Press, p. 201-17.

Engelland, C. (2015). Heidegger and the Human Difference. Journal of the American Philosophical Association 1(1), p. 175-93.

Heidegger, M. (1983). Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.

Kessel, T. (2011). Phänomenologie des Lebendigen. Freiburg: Karl Alber.

Malpas, J. (2009). Geografia, Biologia e Política: Heidegger sobre lugar e mundo. Natureza Humana: Revista de Filosofia e Psicanálise, 11(1), p. 88-101.

Marder, M. (2013). Plant-Thinking: A Philosophy of Vegetal Life. New York: Columbia University Press.

Marder, M. (2014). The Philosopher’s Plant: An Intellectual Herbarium. New York: Columbia University Press.

Mitchell, A. (2015). The Fourfold: Reading the Late Heidegger. Evanston: Northwestern University Press.

Morris, D. (2005). Animals and Humans, Thinking and Nature. Phenomenology and Cognitive Science 4(1), p. 49-72. Recuperado em 2 abril de 2018 de https://link.springer.com/article/10.1007/s11097-005-4257-x.

Moyle, T. (2017). Heidegger’s Philosophical Botany. Continental Philosophy Review 50 (3), p. 377-94. Recuperado em 2 abril de 2018 de https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11007-016-9396-y.

Okrent, M. (2018). Nature and Normativity. Biology, Teleology, and Meaning. New York; London: Routledge.

Reis, R. (2018a). Pulsão e dimensão: Heidegger e a estrutura da aptidão orgânica. A ser publicado em TRANS/FORM/AÇÃO. Revista de Filosofia.

Reis, R. (2018b). El concepto existencial de ciência. A ser publicado em Heidegger: Guia Comares. Granada: Editorial Comares.

Reis, R. (2018c). Intermediate Phenomena. A ser publicado em Die Lebendigkeit der Phänomenologie. Tradition und Erneuerung. Bautz Verlag: Nordhausen.

Reis, R. (2017). Heidegger e os limites da matematização no conhecimento dos organismos vivos. Kriterion, 138, p. 691-710. Recuperado em 2 abril de 2018 de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-512X2017000300691&script=sci_abstract&tlng=pt.

Reis, R. (2012). Heidegger e a diferença entre órgão e utensílio. In: Osella, M.; San Martín, J. La idea de técnica. La técnica en el interior de la filosofía (p. 85-116). Río Cuarto: Unirío.

Reis, R. (2010). A interpretação privativa da vida e a relação circular entre Biologia e Ontologia. Revista de Filosofia Aurora 22, p. 423-35.

Skocz, D. (2004). Wilderness: a Zoocentric Phenomenology – From Hediger to Heidegger. Analecta Husserliana LXXXIII, p. 217-24.

Torretti, R. (2013). La proliferación de los conceptos de especie em la biologia evolucionista. Estudios filosóficos 2010-2011. Santiago: Ediciones Universidad Diego Portales.

Downloads

Publicado

2019-06-29

Como Citar

Fenomenologia zoocêntrica e normatividade. (2019). Natureza Humana - Revista Internacional De Filosofia E Psicanálise, 21(1). Recuperado de https://revistas.dwwe.com.br/index.php/NH/article/view/362